Uma ilha de agricultura camponesa no meio de um mar sucroalcooleiro : o capital social como estratégia de resistência à penetração canavieira no Cerrado Mineiro no Brasil
Material type: ArticleDescription: 119-137Subject(s): Online resources: Abstract: Este estudo analisa as mudanças através do tempo e espaço do capital social no assentamento rural Santo Inácio Ranchinho, Campo Florido, Minas Gerais, como fator determinante para a sobrevivência desta comunidade frente à expansão das empresas produtoras de açúcar e álcool na região do Cerrado Mineiro. Além de um valioso capital estruturalmente intangível, o capital social é também uma força de coesão incomensurável e inesgotável entre os seres humanos e permitiu a construção de uma forma de resistência da comunidade no assentamento, gerado no âmbito da reforma agrária, na região denominada Triângulo Mineiro. Este assentamento, em particular, adotou uma forma mista entre agricultura massiva e tradicional para sobreviver. Como metodologia de trabalho foram realizadas entrevistas semiestruturadas com assentados, trabalhadores agrícolas e pecuários, como também entrevistas com parceiros sociais tanto do governo como instituições não governamentais. Os resultados indicam que existem várias formas de capital social e elas estão presentes não só em formas puras e unidimensionais porque os membros da comunidade têm criado novas formas de estabelecer redes sociais complexas para sobreviver como uma comunidade produtiva. Este assentamento não desapareceu como estrutura social porque seu capital social dinâmico está construindo continuamente uma rede social elaborada, que ainda continua adaptando-se a um mundo global. A globalização da produção de biocombustíveis mudou as fronteiras agrícolas nessa região e, à expansão desse agronegócio, a comunidade tem respondido com a recomposição e a adaptação no intercâmbio cultural, o capital econômico e social para perseguir uma forma pacífica e sustentável de convivência e resistênciaEste estudo analisa as mudanças através do tempo e espaço do capital social no assentamento rural Santo Inácio Ranchinho, Campo Florido, Minas Gerais, como fator determinante para a sobrevivência desta comunidade frente à expansão das empresas produtoras de açúcar e álcool na região do Cerrado Mineiro. Além de um valioso capital estruturalmente intangível, o capital social é também uma força de coesão incomensurável e inesgotável entre os seres humanos e permitiu a construção de uma forma de resistência da comunidade no assentamento, gerado no âmbito da reforma agrária, na região denominada Triângulo Mineiro. Este assentamento, em particular, adotou uma forma mista entre agricultura massiva e tradicional para sobreviver. Como metodologia de trabalho foram realizadas entrevistas semiestruturadas com assentados, trabalhadores agrícolas e pecuários, como também entrevistas com parceiros sociais tanto do governo como instituições não governamentais. Os resultados indicam que existem várias formas de capital social e elas estão presentes não só em formas puras e unidimensionais porque os membros da comunidade têm criado novas formas de estabelecer redes sociais complexas para sobreviver como uma comunidade produtiva. Este assentamento não desapareceu como estrutura social porque seu capital social dinâmico está construindo continuamente uma rede social elaborada, que ainda continua adaptando-se a um mundo global. A globalização da produção de biocombustíveis mudou as fronteiras agrícolas nessa região e, à expansão desse agronegócio, a comunidade tem respondido com a recomposição e a adaptação no intercâmbio cultural, o capital econômico e social para perseguir uma forma pacífica e sustentável de convivência e resistência
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